terça-feira, 4 de outubro de 2011

Santa hipocrisia!

Minha postagem hoje foi escrita pensando em você, cidadão hipócrita e moralista. Certamente ninguém vai assumir esse rótulo e também muitos não vão concordar comigo, mas eu uso esse espaço para falar sobre coisas que, de alguma forma, interferem na minha vida de forma positiva ou negativa. Portanto, aproveito o texto de hoje para desabafar.

Muitos de vocês devem estar acompanhando a repercursão da piada "de mau gosto" feita pelo Rafinha Bastos do CQC há quase um mês. Para quem não acompanhou, vou tentar resumir a história.

Em um programa do CQC a cantora (ou não!) Wanessa Camargo foi entrevistada na festa de comemoração dos tantos anos da dupla Zezé de Camargo & Luciano. Quando a matéria terminou, o Marcelo Tas fez um comentário sobre a gravidez da Wanessa e sobre como ela estava bonita. Foi então que o Rafinha Bastos concordou e disse "Eu comeria ela e o bebê". Pronto! Bastou para que todo mundo se ofendesse profundamente com o comentário e as críticas foram lançadas de todos os lados. Essa história envolveu Ronaldo Fenômeno (ou ex-Fenômeno) e o Marco Luque, também do CQC, por serem amigos pessoais do marido da Wanessa Camargo.

Como se não bastasse toda a polêmica criada em cima desse comentário, na última segunda-feira, o a Band decidiu que Rafinha Bastos não participaria do CQC e, o então apresentador foi substituído pela única reporter feminina do programa, Mônica Iozzi.

Pois bem! Não quero propor aqui uma discussão sobre a permanência ou não do Rafinha Bastos na bancada do CQC, se ele deve ou não se retratar e pedir desculpas pelo comentário infeliz, nem se tudo isso é uma jogada de marketing da Band. Sobre tudo isso, muitos blogueiros e jornalistas ainda vão falar, e ganhar dinheiro para isso!

Minha reflexão vai além...

Se toda a repercursão desse comentário foi baseada na suposição de que o Rafinha Bastos fez uma apologia à pedofilia, sou obrigada a perguntar à todos vocês que estão lendo esse texto: Quando você diz que tem vontade de matar o seu cachorro por ele ter feito xixi no sofá ou, quando você fala pro seu filho que vai colocar pimenta na língua dele porque ele disse algo que não devia, isso significa que você esteja fazendo uma apologia à violência ou à tortura? Eu acredito que não!

Pois então, o que leva as pessoas a pensarem que o Rafinha Bastos deve ser punido, massacrado, demitido, ou qualquer coisa semelhante por um comentário infeliz?

Quantas bobagens as pessoas falam todos os dias em seus locais de trabalho, em suas casas, no Facebook, e em tantas outras situações? Se para cada bobagem que disséssemos, Deus nos "demitisse" dessa terra, até os papagaios seriam uma raça extinta.

Felizmente somos todos pecadores. Estamos aqui em um processo evolutivo e temos que errar muitas vezes para aprender o que é certo, o que é positivo e o que nos faz bem.

Portanto, enquanto você perde tempo postando na sua página do Facebook a sua indignação sobre o que fulano disse, ciclano postou ou beltrano fez, preocupe-se com os seus dizeres, as suas exposições virtuais ou não e as suas atitudes, porque é da nossa vida que temos que prestar contas.

Nessa terra, como costumo dizer, é a lei do FarmVille: Se plantamos morango, não poderemos colher batatas! Ou seja, da mesma forma que iremos receber de volta as energias que despendemos todos os dias, o fato de o Rafinha Bastos ser um artista de televisão, não significa que com ele será diferente.

Se cada pessoa se preocupasse com a sua própria vida, certamente a humanidade já teria evoluído muito já estaríamos em um mundo com muito mais paz e menos problemas.

Pronto, desabafei!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

#oremos

Querido Papai do Céu,

Dessa vez estou escrevendo para que não haja problemas de interpretação. Creio que não fui muito objetiva quando te fiz o pedido da última vez...

Quero um homem que seja inteligente (o suficiente para saber ler e escrever), que seja engraçado (mais do que o Carlos Alberto de Nóbrega e menos do que o Chaves), que suporte todos os meus defeitos (e disso eu não abro mão) e que seja suficientemente bom de cama (não abro mão disso também).

Além dessas características, quero que ele seja solteiro (S-O-L-T-E-I-R-O), São Paulino (aceito outros times apenas se 90% das característias estiverem acima do solicitado), e que tenha uma vida financeira estável, resultado de um trabalho honesto e legal ou de uma herança, tanto faz.

 
Ah! Mais uma coisinha... detalhe de nada: preciso muito que ele saiba e goste de jogar baralho. Até porque, você há de concordar comigo, que se um homem gosta de jogar baralho ele já é suficientemente inteligente e engraçado. Além de mim, minha cumadi Juliana agradece, e muito!


E antes que haja problemas de interpretação novamente, deixo bem claro que esse homem não deverá ser meu amigo, mas quero que tenhamos um relacionamento maduro. Sei que você entende bem o que eu quero dizer... Já conversamos várias vezes sobre isso!


Sei que não é um pedido simples, mas eu não devo ser a única filha exigente nessa terra, não é verdade?


Ainda hoje vi no poste um anúncio de mãe-de-santo que traz o amor de volta como abelha para o mel. Pensei em anotar o telefone para saber se ela traz amores inéditos também, mas antes decidi fazer essa tentativa com quem manda mais.


Caso você ache mais conveniente encaminhar esse pedido para o Santo Antônio, peço que faça isso antes do dia 13/06, senão ele vai ficar muito ocupado com todas as promessas que ele costuma receber anualmente e o meu pedido corre o risco de nem ser lido.
 

Muito obrigada!
 

Amém!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Momento Terapia

Só para variar, foi em uma conversa na Starbucks que esse post nasceu. Com ajuda da minha super amiga Lú, um novo lado meu foi descoberto: tenho um grande talento para ser conselheira de relacionamentos. Fico imaginando se a conversa tivesse sido em um bar, quantos outros talentos não teriam sido revelados... rsrs.

Obviamente que devemos dividir essas nobres idéias, pois o texto que vou publicar pode ajudar muita gente com seus nobres relacionamentos. Se você se identificar com pelo menos um item abaixo, pare e reflita, pois você pode estar em um relacionamento falido, e só cabe a você mantê-lo assim, melhorá-lo ou partir pra outro... Make your choice!

COMO MANTER UM RELACIONAMENTO FALIDO EM 10 LIÇÕES:

1. ACREDITAR: Acreditar no seu relacionamento e, principalmente, na pessoa amada é muito importante, aliás, é fundamental. Se você acredita em Deus sem vê-lo, então porque não acreditar em tudo o que o seu amor lhe diz. Não ligue para intuições e sextos-sentidos, afinal de contas, somente o Bruce Willis tem esse dom.

2. OBJETIVOS EM COMUM (#NOT): Veja bem, um relacionamento não é uma corporação onde todos devem trabalhar em equipe para alcançar um mesmo objetivo. Um relacionamento é apenas um relacionamento, e não há a menor necessidade de que vocês tenham sonhos e pretensões em comum.

3. PARTILHAR MOMENTOS (#NOT): Quanto mais gostamos de uma pessoa e mais longe dela estamos, mais saudades sentimos, correto? Por isso não partilhe momentos ao lado do seu amor... Fique sempre longe um do outro para que a saudade aumente e a vontade de estar ao lado de quem se ama seja sempre presente. Assim, você evitará brigas e discussões caso cada um tenha um compromisso diferente ou não possam se ver por questões diversas.

4. AFINIDADE (#NOT): Se o seu relacionamento não é o Big Brother Brasil, pra quê ter afinidade com o seu amor? Para isso você tem a sua família e os seus amigos, que estarão sempre presentes nos momentos em que você precisar conversar ou desabafar sobre as suas frustrações.

5. AMIGOS: Seus amigos existem por uma questão de afinidade, conforme lição nº 4. Eles não precisam aprovar o seu relacionamento ou gostar do seu amor. A verdade é que os seus amigos não sabem nada sobre o que você sente e nem sobre o que é melhor para você. Aliene-se da opinião alheia, pois o que realmente importa é aquilo que você acredita (vide lição nº 1).

6. MUDE: Seja um funcionário da Granero e promova mudanças na sua vida. Mude seus valores, sua essência, seus gostos, seu comportamento, afinal de contas, ninguém se apaixona por você pelo o que você é.

7. FAMÍLIA: Tal qual os amigos, a família também aplica-se na questão de afinidade. Se quando você era adolescente você não dava ouvidos para seus pais, por que fazê-lo agora? A família em geral só tem o objetivo de ir contra tudo aquilo que você acredita. No geral é pura inveja, e no que se trata dos seus pais é apenas ciúmes.

8. SEXO: Parte importante de um relacionamento, mas satisfazer suas vontades não é necessário. Lembre-se sempre de que o amor é o mais sublime dos sentimentos, e deve estar acima de tudo, inclusive das questões carnais. Você sim, deve desdobrar-se para atender ao seu amor, mesmo que isso implique em frustrações para a sua vida.

9. SEGURANÇA (#NOT): O bom da vida é viver perigosamente. Viver um relacionamento imaginando diariamente que você está sendo trocado(a) por outra pessoa te faz uma pessoa mais intensa, que aproveita todos os dias como se não houvesse amanhã, pois nunca se sabe qual será o último momento ao lado do seu amor, ou o último dia do seu status "em um relacionamento sério" no Facebook.

10. ESPERANÇA: Ter esperança é a base do seu relacionamento. Por mais que você não se sinta feliz, e por mais que o mundo esteja mostrando para você que o seu relacionamento não terá futuro, nunca perca as esperanças. Todos os dias pela manhã, repita o mantra: "Tudo vai dar certo... tudo vai dar certo... tudo vai dar certo..."

Caso você precise de maiores informações sobre relacionamentos falidos, ou queira conversar mais sobre o seu relacionamento para confirmar se ele se enquadra nessa realidade ou não, deixe seu comentário nesse post. Terei a maior satisfação em auxiliar a todos que queiram manter seu relacionamento falido, afinal de contas, caridade conta para abater os pecados cometidos na terra. ;)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Faca na caveira!

Leitores queridos, após um longo e tenebroso inverno, estou de volta... e o meu retorno será com um post mais do que especial, pois vou contar à vocês uma conquita muito grande.

Tudo começou em meados de Outubro do ano passado, quando finalmente me dei conta de que estava nova demais para ter peso demais... É muito engraçado como não importa o que as pessoas nos falam, a gente realmente só consegue mudar quando sentimos que é a hora.

Depois de algumas conversas com a Super Fabi, resolvi entrar no Vigilantes do Peso para tentar eliminar os quilinhos que sobravam na minha vida. Foi então que no dia 30/03/2011, completei 5 meses de VP e alcancei a minha meta de emagrecimento: 15 quilos absolutamente eliminados! (Uhuuuuuuuuuuuuuuuu....)

Além de querer deixar registrada essa conquista maravilhosa, quero também dividir com vocês tudo o que veio como consequência desse processo de emagrecimento. É claro que a aparência é o maior impacto, principalmente para quem ficou um tempo sem me ver. E é óbvio que colocar uma roupa, se olhar no espelho e ver que ficou bom, é uma das maiores motivações para não desistir. Mas não é só isso que você ganha, aliás isso é só uma pequena parte do que se ganha!

Cada pessoa que passa por um processo de emagrecimento como esse poderá dar um depoimento diferente, mas tenho certeza de que poderão concordar com tudo o que vou relatar aqui. Não há nada mais valioso do que aprender a comer. Quando você efetivamente passa por uma reeducação alimentar, você aprende que você não vive para comer, você apenas come para viver! Sabe aquela sensação de ter comido um boi inteiro? Pois é, há muito tempo não sinto mais isso. Disposição, bem estar, nada de dores nas costas, nas pernas, no joelho, nos pés, melhores noites de sono... eu poderia ficar aqui um tempão descrevendo quantas coisas melhoraram na minha vida após eliminar 3 sacos de 5 Kgs arroz (né Fabi?).

O mais engraçado ao longo desse processo é que, conforme você vai emagrecendo, os comentários das pessoas vão mudando. É mais ou menos assim:

5 Kgs Eliminados: "Poxa, como você está emagrecendo... Parabéns!"

10 Kgs Eliminados: "Nossa, você está super bem! Mas agora chega, né?"

12 Kgs Eliminados: "Menina, desse jeito você vai sumir!"

15 Kgs Eliminados: "Olha, é melhor você parar por aqui, senão daqui a pouco você vai ficar com cara de doente!"

Eu confesso que todos esses comentários só me motivaram a continuar, e mesmo agora, me motivam a manter o meu peso! Obviamente a "gorda louca" jamais será exorcizada, porque não há padre que consiga domá-la. Tenho dias bons e dias ruins... dias de glória e dias de arrependimento... mas não há nada como um dia após o outro. Se hoje eu exagero, amanhã faço uma alimentação mais light e fica tudo bem.

A todos que querem alcançar o mesmo sucesso que eu, a receita é simples: reunião do Vigilantes do Peso uma vez por semana com um punhado de determinação!

Ah! E por falar em reunião, dentre tantas que assisti, em uma delas ouvi uma frase que me fez refletir muito e que faz todo sentido para qualquer situação de nossas vidas..

"Nossas cabeças são redondas para que os nossos pensamentos possam mudar de direção."

domingo, 27 de março de 2011

Truly, Madly, Deeply

Quando iniciei esse blog, meu objetivo foi postar textos que pudessem motivar a idéia de que a vida sempre continua, independente do que aconteça em nossas vidas. Acredito que estou conseguindo cumprir com o meu objetivo.

É claro que a base desses textos são experiências vividas por mim ou por pessoas próximas a mim, sem que haja uma exposição demasiada de sentimentos ou de fatos, afinal de contas, privacidade é bom e todo mundo gosta.

Só que algumas coisas acontecem e eu prefiro não postar, ou porque não acho conveniente ou por não saber como expô-las. E a história que eu quero contar hoje é uma delas... Talvez não seja com a riqueza de detalhes que eu gostaria, para que muitas coisas sejam preservadas, mas vou tentar fazer o meu melhor.

Mas antes de iniciá-la, quero apenas explicar o meu objetivo em postá-la... Eu acredito muito em Deus, e sei que nada nessa vida é por acaso, por isso quero deixar registrado aqui, no meu diário virtual, uma passagem que será absolutamente inesquecível na minha vida.

Quem acompanha meu blog deve se lembrar de um post que fiz sobre a solidão. Nesse post eu falei sobre o que eu sentia naquele momento, quase um ano depois de sair de um relacionamento bastante longo. Bem, nesse post, um amigo meu comentou que eu não me preocupasse, pois as coisas aconteceriam quando eu menos esperasse.

O fato é que ele estava absolutamente certo, e é aí que a minha história começa...

Há pouco mais de dois meses, em um churrasco despretensioso, conheci uma pessoa muito especial. Até então, é claro que eu não imaginei que ela se tornaria tão especial assim. Mas, papo vai, papo vem, eu percebi que havia alguma coisa acontecendo, só que até então, é difícil saber se a pessoa está de fato interessada em você ou se é apenas uma simpatia demasiada.

A verdade é que depois desse encontro, nossa história começou... Foram momentos simplesmente inesquecíveis. Há muito tempo não me sentia tão feliz ao lado de alguém.

No meu conceito de relacionamento, o importante é que haja uma soma de sentimentos e experiências. E foi exatamente isso o que aconteceu. Talvez pela quantidade de coisas em comum que temos, talvez pelos diferentes pontos de vista, ou ainda por todas essas razões, foi de fato uma soma muito grande.

O interessante nessa história é que, apesar de curta, ela foi extremamente intensa e tomada por um turbilhão de sentimentos. Me ensinou muita coisa e despertou em mim alguns sentimentos que há muito tempo eu não sentia e até mesmo outros que eu nunca havia sentido.

Infelizmente existem algumas coisas que impossibilitam essa história de continuar, coisas das quais não acho conveniente comentar, até porque o que realmente importa é que elas existem. O que faço hoje é deixar que as coisas aconteçam e, como muitas pessoas já me disseram, o que é pra ser nosso, de fato será, e não há nada que possa mudar o nosso destino. Sigo minha vida com a certeza de que tudo valeu a pena e que não há nada que minimize tudo o que vivi.

Dentre tantas lições que consegui tirar dessa história, a que eu considero mais importante, e que me servirá para finalizar esse post é:

"O importante não é o dia em que conhecemos uma pessoa, mas sim o dia em que ela passa a existir dentro de nós."

segunda-feira, 14 de março de 2011

Caça e Caçador!

"E se um grande prazer rola pelo ar
Brilhante como uma estrela
Leve e louco sem pressa de acabar
A gente nem pensa na hora
Passa dia e noite assim
O amor não tem que ser uma história
Com princípio, meio e fim"

Essa música do Fabio Junior foi uma das trilhas sonoras da minha infância, afinal de contas, minha mãe era fã de ir à todos os shows mesmo que fosse sozinha. Naturalmente acabei me tornando fã também, e acho que o Fabio Junior é o tipo de cantor que ainda será lembrado por muitas e muitas gerações.
Mas o objetivo do post não é falar sobre ele, e sim sobre a música Caça e Caçador. Poderia fazer aqui uma análise morfo-sintática, relembrando as incríveis aulas da faculdade, mas tenho certeza de que somente 10% dos leitores chegariam até o final do texto pois, reconheço, a gramática da língua portuguesa é mesmo para o gosto de muito poucos.

Portanto, o meu objetivo é fazer uma análise mais simplória, buscando apenas o sentimento que essa música transmite, e que marcou uma época muito saudosa da minha vida.

Creio que todos conheçam a letra completa dessa música, mas para quem quer refrescar a memória, segue o link: http://www.vagalume.com.br/fabio-jr/caca-e-o-cacador.html

É claro que essa é apenas uma dentre as milhões de músicas que já foram escritas com o objetivo de ser a trilha sonora de uma "história de amor". E é exatamente esse o ponto... O que podemos considerar uma verdadeira "história de amor"? O amor é um sentimento tão simples e, ao mesmo tempo, tão complexo. O amor é tão intenso e tão singelo que não sabemos nunca as surpresas que ele pode nos preparar.

Mas quando na música, Fabio Junior afirma: "você me faz o que eu sou, caça e caçador..." - sempre me remeteu à uma idéia de instinto. E pelas poucas experiências que eu vivi eu não conheço nenhum sentimento mais instintivo do que o amor. Quando a gente ama de verdade, e isso independe de ser um relacionamento familiar ou entre duas pessoas desconhecidas, costumamos virar feras. Queremos defender quem amamos a todo custo, e oferecemos carinho sem pedir nada em troca. Além do mais, essa idéia de caçar ou de ser caçado é também bastante palpável, afinal de contas, um relacionamento amoroso é também um jogo onde geralmente ganha o mais forte ou do mais ágil. Algumas vezes, ganha quem chega primeiro, ou ganha quem possui mais artifícios a seu favor.

O que de fato eu concordo é que "o amor não tem que ser uma história com princípio, meio e fim". Amor de verdade é aquele que perdura, que ultrapassa barreiras, que vence preconceitos, que supera qualquer diferença e, que principalmente, anda ao lado da verdade, da sinceridade e da humildade. Já fiz aqui nesse blog um post sobre a amizade, e tudo isso que eu acabei de escrever se aplica à esse tipo de amor também.

Tudo na nossa vida é cíclico e tem um início, um meio e um fim, mas não o amor. E o amor traz uma felicidade e uma plenitude para quem ama, que não há descrição que baste ou poema que represente. E eu acredito que podemos sim amar várias pessoas ao mesmo tempo de formas diferentes, senão teríamos somente um grande amigo e amaríamos somente a nossa mãe ou somente o nosso pai.

Não há nada mais lindo do que o amor, pois ele chega sem pedir licença para entrar e nos faz aprender diariamente a lidar com um mutirão de outros sentimentos que costumam acompanhá-lo.

Maria Rita, por exemplo, gravou uma linda música composta por Arlindo Cruz e dois outros amigos, que consegue exemplificar muito bem tudo isso que eu tentei, e espero ter conseguido, transmitir à todos vocês. A música se chama "O que é o amor", e finalizo o blog com ela para que vocês possam refletir sobre o sentimento que move o mundo.

"Se perguntar o que é o amor pra mim
Não sei responder
Não sei explicar
Mas sei que o amor nasceu dentro de mim
Me fez renascer
Me fez despertar

Me disseram uma vez
Que o danado do amor pode ser fatal
Dor sem ter remédio pra curar
Me disseram também
Que o amor faz bem
E que vence o mal
E até hoje ninguém conseguiu definir
O que é o amor

Quando a gente ama brilha mais que o sol
É muita luz
É emoção
O amor
Quando a gente ama é o clarão do luar
Que vem abençoar o nosso amor"

quinta-feira, 10 de março de 2011

Você sabe quando é hora de parar?

Esse post me veio à cabeça depois de algumas conversas que tive nesses últimos dias com algumas pessoas cuja opinião respeito muito.

Todos nós, principalmente na virada de ano, fazemos diversas promessas como começar um regime, fazer uma viagem, ou até mesmo de retomar alguns projetos que ficaram de lado no ano que se encerrou.

Mas algumas vezes nessa vida, o importante mesmo não é saber a hora de começar alguma coisa, mas sim de parar com ela.

Eu, por exemplo, gostaria de parar de ser tão mal humorada pela manhã. Admiro muito quem consegue acordar distribuindo "bom dia" para o mundo, mesmo acreditando que ninguém pode ser tão feliz assim 365 dias por ano. Gostaria também de parar de me envolver tanto com os problemas alheios, pois acabo carregando-os para mim.

Acho que todo mundo tem hábitos ou traços de personalidade que gostaria de mudar, ou aperfeiçoar. Apesar de defender o equilíbrio em qualquer situação, me pergunto se há alguma atitude ou forma de encarar a vida que nunca deve ser colocada em prática. Minhas dúvidas, muitas vezes, não são voltadas à uma situação específica, mas são generalizadas.

Para exemplificar o que quero dizer, pergunto à vocês: até onde devemos ir para alcançar os nossos objetivos? Ou ainda: até onde a verdade deve ser nua e crua? E mais: porque nos sentimos no direito de julgar alguém se podemos carregar defeitos ainda piores?

Entendem o que norteia esse post? Vocês conseguem identificar alguma situação da vida de vocês em que se encaixem essas perguntas? Eu certamente consigo... E posso afirmar que muitas vezes, por não sabermos a hora certa de parar, acabamos nos magoando, ou magoando pessoas que não mereciam sofrer.

Gostaria muito de ter esse discernimento, mesmo quando o coração fala mais alto, para saber a hora de parar com atitudes, hábitos ou até mesmo pensamentos que não estejam mais agregando valor à minha vida.

Talvez isso seja mais simples do que imagino, e acredito que experiências me auxiliarão nesse aprendizado. Mas acredito também que, como réles mortal que sou, mesmo tendo o conhecimento, ainda hei de errar pelo longo caminho que irei percorrer nessa vida. E sei que tudo isso faz parte de algo muito maior...

Mas e você? Você sabe quando é hora de parar?